quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Amigo de ex?

Nesse último relacionamento sei que não fiz nada de errado, fui o melhor namorado que se poderia pedir: romântico, atencioso, prestativo, simpático, envolvido, etc, etc, etc. Mas mesmo assim, acabou.
Ok, ok.
O motivo foi nobre, a conversa foi sincera, verdadeira.... mas nada disso tira o peso de que se fracassou, certo? Aquela sensação de perda, de vazio, de que não se tem mais ninguém pra conversar, se bem que eu não tenho mesmo, só por fone com meus amigos da área 48. Aqui na área 41, não tive a chance ou oportunidade de conhecer mais ninguém, me fechei no relacionamento e o mundo não me importava. Até agora.
Terminado o namoro, fiquei sem cia pra sair, desabafar, me distrair os pensamento e me fazer rir.

Mas a grande manifestação do post não é sobre isso, é sobre ser amigo de ex. Rola?

Assim, ao terminarmos o namoro optamos por continuarmos nos falando, sempre que possível, para contar novidades e continuarmos com a amizade que construímos ao longo do namoro, só que sem os benefícios. E hoje me vejo pior do que quando namorava.
Essa amizade não permite que eu seja eu mesmo, não posso reclamar, xingar, perguntar como tá a vida ou mesmo me importar com o rumo que está tomando. Parece que devo ser um poço de bom humor, de felicidade sem fim, de sorrisos e frases bonitas. Pois quer saber? Não sou assim, nunca fui.
Adoro discordar, debater e fazer as pessoas pensarem sobre si mesmas e suas vidas, isso me faz pensar na minha. Não acho cansativo debater o que está ruim, ou muito menos depressivo, mas acredito que conversando e obtendo outros pontos de vista se possa refletir e crescer.
E essa amizade tá me detonando. Quer saber? Não tô feliz em passear em shopping, ou sair pra conversar se não posso nem ao menos pegar na tua mão. Tens evitado meus olhares, e sinto que a sinceridade que sempre prezamos está desaparecendo, fadada ao fracasso como essa nossa dita amizade. Tenho feito de tudo pra ser teu amigo, te apoiar e te ajudar, mas não vejo um retorno sincero. Claro que ainda te amo, e te quero comigo, como poderia não querer? Mas tuas atitudes estranhas e impiedosas me chamam cada dia mais a atenção.
Não entendo como podes querer me mudar agora, nunca fui um poço de alegria, de sorrisos e simpatia. Sempre fui o lado prático do relaciomento, deixando contigo a parte social, e agora devo mudar pra te agradar?
Oi?

Amigo de ex... balela da boa. Amigo de ex, deve ser que nem papai noel e coelhinho da páscoa, um dia todo mundo acreditou que realmente existia, mas chega uma hora que caí por terra e não há mais nada a ser feito a não ser se conformar.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Desabafo


"Bom dia calça!"
"Bom dia porque caralho?"

AAAAAAAh!!!
Que vontade de gritar, de xingar o mundo, de amaldiçoar a todos!

Hoje acordei me sentindo um lixo, um idiota, um verdadeiro loser. Conforme as horas iam passando e o telefone não tocava, e ninguém parecia me ver, a sensação piorou. Até que eu resolvi ligar. E liguei, pra pessoa errada.
Desliguei me sentindo pior do que antes da ligação, além de loser, um fraco.

Não sinto medo das mudanças, não tô triste, tão pouco depressivo. Tô desanimado, cansado, desiludido.

Maldito surrealismo.
Porra de mudança.
Que não deixam a felicidade a meu lado. Sei que ela tá em algum lugar, escondida, receosa de aparecer, mas agora tô tão cansado pra brincar de esconder, que vou deixar ela lá, onde quer que esteja e ficar parado um pouco. Deixando meu barco da vida ser levado pela correnteza, só por hoje. Por amanhã. Por esse mês.

Eu já procurei a felicidade por todos os lados, nada na minha esquerda ou direita. À frente é tudo turvo e quando olho pra trás vejo um par de olhos azuis que me trazem força, coragem... mas ao mesmo tempo fraqueza e incerteza.

Então vai barco, vai. Segue a correnteza um pouco, enquanto eu respiro, fortaleço meus braços pra te colocar de novo no rumo, eu e tu.

sábado, 18 de outubro de 2008

As vezes tudo o que precisamos na vida é um tempo. Tempo com nós mesmos, pra remoer, lamentar e... que mané remoer e lamentar o que!
Precisamos de um tempo pra aquietar nossas mentes, diminuir a velocidade dela e reorganizar pensamentos perdidos.
Um tempo pra fazermos o que queremos, sem ningupem dizer o que quer, o que espera, o que acha certo, errado. Um tempo away do mundo. Só com nossas vontades.
Ah, como é bom.... no começo.
No 1o dia, não fazemos nada. O dia passa que é uma beleza.
No 2o dia, não dá pra não fazer nada, de novo. Procuramos o que fazer. Mas o que fazer? Com quem? Ah, sozinho, claro, tô away. O que eu quero fazer? O que eu gosto de fazer? OMFG, quem sou eu?
Ok, ok... não é bem assim, mas pra ficar away do mundo, o auto conhecimento pleno é um requisito. Como ficar sozinho por tempo indeterminado se não se tem idéia de quem é você, quais seus sonhos, medos, receios, desejos, fantasias sexuais.
Colocar as idéias em dia, estar em contato consigo mesmo, se escutar num mundo tão barulhento e rápido quanto o nosso não é tarefa fácil, mas é necessário.

Eu, bom... eu sou um apático sociopata. Um apaixonado por problemas e sem jeito com palavras. Nada mais me lembro.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Ensaio sobre a cegueira


Sem muito o que falar, além de que o filme valeu todo o esforço feito pra vê-lo.

Pesado, chocante e bruto. Ótima direção, fotografia e interpretações. Recomendo o livro, eu acho.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

E o dia segue, com aquele tempo típico de Curitiba, um frio de congelar o cabelo.

A falta de uma boa noite de sono, a sensação de que vivo atualmente um sonho de mal gosto e o surrealismo não deixam minha casa.
Pensamentos ecoam pela mente, sem fazer nexo. Só interrompendo meu sono, para me trazer de volta à essa realidade. A realidade alternativa em que me encontro. Preciso voltar ao meu lugar de origem, ao meu mundo, ao meu verdadeiro eu.

O bipolarismo cresce, na mesma medida que a consulta médica se aproxima. Sorte? Não tenho certeza. Escrever algo contínuo, na mesma linha de raciocínio lógico é inviável.

Perplexo. Confiante. Aliviado. Apaixonado. Solitário. Alegre. Temeroso.

No fundo, há uma voz, que faz perguntas cujas respostas eu não tenho vontade de pensar. Voz insistente, esganiçada. Xingando meu passado, amaldiçando meu presente e prevendo meu futuro. Voz que conheço muito bem, uma voz externa que me acompanha.

Estado de espiríto ótimo, contrariando as expectativas e até mesmo a mim.

Que o surrealismo fale, grite, que essa realidade alternativa se torne minha nova casa. Que eu consiga fazer o que aquele e-mail sugeriu. Álias, obrigado pelo e-mail. 2 linhas, 15 palavras e uma mudança comportamental, psicológica, mental e sentimental que me deixou assim, novamente apático.


terça-feira, 7 de outubro de 2008

Love is a sweet melody


Agosto passou.
Setembro passou.
E outubro chegou.
Meio óbvio, afinal essa é a ordem dos meses, não faria sentido nenhum, se pra mim não fizesse todo o sentido.
Agosto foi bom. Setembro foi ótimo. E qdo imaginei que Outubro seria maravilho, uma prévia para o fim do ano, me deparo com o surreal.
Sim, surreal. Essa é a palavra que define tudo, mas sem se fazer entender.

Eu ... entendo.
Sempre entendi, e apoiei. Achei que quando o surrealismo batesse na porta, seria em outra circunstância. Não assim.
O surreal consegue mexer, porque com ele vêm o medo do inesperado, do desconhecido, do não lógico. O medo de perder o que mais se preza, medo de perder a rotina.
Medo de se perder.

Eu?

Eu vou me perder.
Me conheço tão bem, que sei quando, onde e porque irei me perder.
E se me perder, provavelmente perderei o resto.
Mas já não perdi para o surrealismo?
Força é essencial no momento, mas ser forte pra que?
Porque?
Pra mim?
Por ti?
Por nós?

Hummpf

Me ensinaram há pouco tempo, que o que o homem tira Deus dá em dobro. Mas e agora, quem me dará em dobro, se do meu ponto de vista quem tira de mim é Deus e seu fucking surrealismo?
Não quero parecer hérege, ateu ou whatsoever. Quero entender, para aprender e assim não me perder.

Não quero te perder.

Não quero nos perder.

Mas quando um não quer, um sempre se perde. Que seja eu. Afinal conheço o caminho da perdição, seus efeitos e suas seduções.

It's party time all over, except here.